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HISTÓRIA
(extraído da página Timão)


A idéia da fundação de um clube no Bom Retiro era assunto preferido dos funcionários da estrada de ferro São Paulo Railway e moradores, sem exceção do bairro. E isso começou a amadurecer quando Joaquim Ambrósio, Carlos Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia foram juntos, assistir no campo do Velódromo a estrela do time inglês Corinthian (sem o s final) Team, na tarde de 31 de agosto de 1910. Os ingleses derrotam o A.A. Palmeiras (nenhuma ligação com o Palestra Itália), por 2 a 0. Voltaram do jogo maravilhados e com o pensamento mais forte na criação de um time de futebol no Bom Retiro. Os cinco quase não dormiram nessa noite. Cada qual traçava seu plano de argumentação para sustentar a idéia. Assim, às 20h30m do dia 1 de setembro de 1910, à luz do lampião de gás que iluminava a rua José Paulino, treze pessoas sacramentaram a fundação do Sport Corinthians Paulista. A homenagem ao Corinthian inglês, ganhou um s no nome e derrotou o palpite de alguns fundadores que lançaram sugestões de nomes como Santos Dumont ou Carlos Gomes. A primeira Diretoria ficou constituída da seguinte forma: Miguel Bataglia (presidente); Salvador Lapomo e Alexandre Magnuni (vice-presidentes); Antônio Alves Nunes (secretário); João da Silva (tesoureiro) e Carlos Silva (procurador geral). O local onde se confirmou a fundação do Corinthians, foi a residência do Sr. Miguel Bataglia; mas onde o clube foi sonhado e que deve ser considerado seu berço foi o salão de barbeiro de Salvador Bataglia, irmão de Miguel, e que existia à rua Júlio Conceição, esquina da rua dos Italianos. As reuniões continuavam sendo no salão de barbeiro de Salvador, mas ficou pequeno e a sede foi transferida para a confeitaria de Antônio Desidério, na rua dos Imigrantes, nr. 34, esquina com a rua Cônego Martins. No dia 10 de setembro, o Corinthians fez seu primeiro jogo da história. Foi contra o União da Lapa, considerado o bicho-papão da várzea paulistana. O Corinthians perdeu por 1 a 0. A equipe jogou assim: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. O dia da realizaçã o desse jogo, provocou uma certa confusão quanto à fundação do clube, mus ficou mesmo registrado o dia 1° de setembro de 1910 como data oficial de fundação do Corinthians.
Duas partidas, ambas com o Palestra, marcaram a inauguração do primeiro campo oficial do Corinthians, na Ponte Grande, construído no terreno arrendado da Prefeitura. Ficava ao lado da Associação Atlética das Palmeiras, na Floresta. Empatou a primeira, e perdeu a segunda. A inauguração aconteceu no dia 17 de março de 1917. Mais de 10 mil pessoas estavam presentes, torcendo pelo Corinthians, que já possuía a fama de clube operário.

O preto e o branco, que hoje simbolizam o Corinthians e identificam a paixão do torcedor, só foram adotados como cores oficiais do uniforme algum tempo depois da fundação. No início, o time de futebol usava camisas de co r creme, com frisos pretos nos punhos e golas. Após seguidas lavagens, o creme foi desbotando e a diretoria da época, sem dinheiro para a compra de um novo jogo de camisas, decidiu adotar o branco como a nova cor oficial do uniforme, ao lad o dos calções pretos. A partir daí, o Corinthians deu vida e pulsação à mais neutra combinação possível de cores. De lá para cá, o clube só abandonou o preto e o branco um a vez, jogando com camisas grenás (contra a Portuguesa), em homenagem aos jogadores do Torino, da Itália, mortos no desastre aéreo de Superga em 4 de maio de 1949. Em 11 de fevereiro de 1960, o Corinthians venceu o Universitári o do Peru por 5 a 2, no Estádio Nacional de Lima, usando uma camisa idêntica à do Penharol, do Uruguai, com listas pretas e amarelas.

O símbolo oficial do Corinthians é, não por acaso, um mosqueteiro, ícone da valentia, audácia e espírito de luta. A adoção do personagem remonta aos primeiros anos de vida do clube. Em 1913, uma cisão nas lideranças do futebol paulista levou à fundação da APEA - Associação Paulista de Esportes Atléticos, para onde se transferiu a maioria dos clubes da época. Na Liga Paulista, esfacelada, ficaram apenas o Americano, o Germania e o Internacional, conhecidos então como os três mosqueteiros do futebol bandeirante. Nesse cenário, o Corinthians entrou como D'Artagnan, passando a ser o quarto (e mais adorado) mosqueteiro, como no romance criado pelo francês Alexandre Dumas. Para ser aceito no universo esportivo dos mosqueteiros, o Corinthians teve de mostrar sua fibra. Como havia outros pretendentes à vaga, o Corinthians disputou um torneio seletivo contra o Minas Gerais e o São Paulo, outros dois grandes da várzea paulistana. Com classe e competência, o time corintiano venceu o Minas por 1 a O e derrotou o São Paulo por 4 a 0, sendo aceito na confraria e garantindo o direito de disputar a Divisão Especial da Liga no ano seguinte.

Em seus 85 anos de história, a nação corintiana elegeu e admirou como mitos uma série de jogadores que suaram a camisa e mostraram talento, raça e intimidade com a bola, como Cláudio Cristóvão do Pinho, eterno Gerente, que jogou no clube durante 15 anos e 509 partidas na equipe principal. Com 295 gols, ele é até hoje o recordista no número de gols marcados com a camisa alvinegra Outro nome que é sinônimo de gol é o de Teleco, nascido Uriel Fernandes, que entrou para a história do clube como o artilheiro de melhor média de todos os tempos: 243 gols em 234 jogos. Tão bom quanto ele era Baltazar, o Cabecinha de Ouro, que colecionou títulos e marcou 267 gols pelo Corinthians, no período de 1947 a 1958. Baltazar foi o melhor cabeceador do futebol brasileiro em todos os tempos. Gilmar dos Santos Neves defendeu o gol corintiano durante dez anos (de 1951 a 1961) com tanta categoria que foi titular absoluto da Seleção Brasileira nas memoráveis conquistas dos títulos que deram ao Brasil o título de bicampeão mundial. Em 70, ano do tri, uma das estrelas de primeira grandeza da Seleção era Roberto Rivelino, o "Patada Atômica." Chamado pela torcida de Reizinho do Parque, reinou durante 12 anos com a camisa 10 do clube. Da mesma geração é o lateral-direito Zé-Maria, o Super Zé, que também defendeu o Brasil em Copa do Mundo. Será sempre lembrado como o símbolo da garra e do amor à camisa. Mais recentemente, a Fiel torcida e mesmo os inimigos renderam-se ao talento magistral de Sócrates, o Doutor, que levou o Corinthians a conquistar três títulos paulistas (79, 82 e 83) e revolucionou alguns conceitos do futebol moderno.

Uma das marcas do Corinthians enquanto time de futebol é sua eterna, inesgotável e incomparável disposição de lutar pelas vitórias, mesmo diante das maiores adversidades. É por conta dessa vocação que o Corinthians passou a ser conhecido no mundo da bola como o time das viradas. A tradição remonta aos tempos de fundação do clube, quando a equipe era conhecida na várzea de São Paulo como o Galo Brigador do Bom Retiro. Mas chamar o Corinthians de time de virada virou moda mesmo sempre que ia a campo o esquadrão que faturou o tricampeonato paulista de 1928-29-30. A equipe tinha o melhor ataque da época e normalmente fazia quatro ou cinco gols sempre que sofria um ou dois gols primeiro. Parecia até uma estudada e maquiavélica tática de jogo, pela qual o Corinthians deixava o adversário se iludir com a vantagem momentânea para depois aplicar-lhe um golpe letal. Na decisão do Campeonato Paulista de 1930, o Santos marcou 1 a 0 logo aos 2 minutos; no final, o Corinthians festejou o tri com uma vitória de 5 a 1 . Como este, há inúmeros exemplos de que para o Corinthians - e para os corinthianos - jamais haverá um jogo perdido enquanto a bola estiver rolando e atrás dela houver um coração forjado em preto e branco. Afinal, o Corinthians tem o poder de reação no sangue até hoje, herança dos tempos em que os pontas Filó e De Maria, jogando num esquema tático revolucionário para a década de 20, não respeitavam ninguém.

Chamar o Corinthians de campeão dos campeões não é só uma licença poética permitida a Lauro D'Ávila, autor do hino do clube. Na verdade, o Corinthians passou a ser considerado o campeão dos campeões por méritos conquistados em campo. Em 1915 o clube rompeu com a Liga Paulista e não disputou o campeonato daquele ano, vencido pelo Germania. Ao final da temporada, o Corinthians desafiou o campeão e venceu por 4 a 1. Desafiado a enfrentar depois o Palmeiras, campeão do ano pela Apea (a outra liga da época), o Corinthians aceitou e não perdoou o adversário, derrotando-o por 3 a 0. Detalhe: o time vencedor nos desafios já tinha ganho o Campeonato Paulista de 1914 e faturou depois o torneio estadual de 1916, ambos de forma invicta. Há ainda os corintianos que entendem que "Campeão dos campeões" foi um título dado ao clube em 1930. Naquela época, mesmo não havendo um campeonato nacional, era normal o desafio entre os campeões do Rio e de São Paulo. Em 16 de fevereiro de 1930, num tira-teima contra o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, o Corinthians ganhou por 4 a 2 com gols de Filó (2), De Maria e Gambinha e trouxe para o Parque São Jorge um troféu batizado.

O Corinthians sempre foi um clube marcado pelas grandes conquistas, sobretudo no futebol. Tanto que, ainda hoje, o clube é respeitado e aceito pelos adversários como o Campeão dos Centenários, uma honraria conquistada por mérito e não por favor. Em 1922, ano do Centenário da Independência do Brasil, o clube venceu o campeonato paulista derrotando o Paulistano na final por 2 a 0. O América, que havia ganho o campeonato carioca do mesmo ano, também pleiteava a glória de ser chamado de Campeão do Centenário e propôs um duelo tira-teima com o Corinthians. Resultado: Corinthians, o campeão dos campeões do Centenário, 2 x América 0. A glória ficou fortalecida 32 anos depois, quando o Corinthians, comprovando sua vocação para grandes façanhas, conquistou também o título de campeão paulista de 1954, ano do Quarto Centnário de fundação da cidade de São Paulo. O último jogo do torneio foi disputado em 6 de dezembro de 1967, 1 a 1 contra o Palmeiras, com gols de Luizinho e Nei. O time da época entrou para a história com a seguinte formação-base: Gilmar, Homero e Alan; Idário, Goiano, e Roberto; Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael e Simão. O técnico era o saudoso Osvaldo Brandão, que mais tarde iria levar o clube a outro título histórico (o de campeão paulista de 77).

O Corinthians, que já era conhecido como o campeão dos campeões, é agora também o supercampeão do futebol paulista. Com a vitória em cima do Palmeiras por 2 a 1, dia 6 de agosto, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, o Corinthians conquistou o 21° título estadual de sua história, passando a liderar o ranking dos campeões paulistas. O título tem um sabor especial por ter sido conquistado diante do seu maior rival e por ter colocado um fim à espera de sete anos: o último Paulistão tinha sido ganho em 88. A exaustiva primeira fase do Campeonato Paulista foi superada sem problemas. Nem a saída do técnico Mário Sérgio tirou a tranquilidade do elenco. A diretoria de futebol deu oportunidade ao ex-auxiliar técnico Eduardo Amorim, que mostrou competência e estrela de campeão. Nos momentos difíceis, soube dosar o ritmo da equipe, que disputou paralelamente a Copa do Brasil. Em 30 jogos, a equipe obteve 10 vitórias, 12 empates e 8 derrotas. No octogonal decisivo da segunda fase, o Corinthians deu um show de técnica e amor à camisa. Por isso chegou invicto à decisão, com cinco vitórias e um empate. Por ter feito melhor campanha ao longo do campeonato, o clube adquiriu o direito de jogar por três empates (dois no tempo normal e um na prorrogação). A primeira batalha das finais entre Corinthians e Palmeiras terminou empatada em 1 a 1. Na segunda, outro 1 a 1 no tempo normal de jogo. Na prorrogação, mesmo precisando somente do empate para ser campeão, o Corinthians guerreiro de sempre foi para cima do adversário e coroou a conquista do título com um gol antológico de Elivelton. Fim de jogo, resta uma certeza no coração de todos os corintianos: 95 é mesmo o ano de ouro do Corinthians super campeão.


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DADOS


Nome: Sport Club Corinthians Paulista
Fundação: 01 de setembro de 1910
Estádio: Alfredo Shurig - Fazendinha (15.000 pessoas)
Endereço: Rua São Jorge 777 - Tatuapé - São Paulo - SP
CEP: 03087-000
Telefone: (011) 6942-9633
Mascote: Mosqueteiro

TÍTULOS REGIONAIS
Tri Paulista: 1922, 1923, 1924; 1928, 1929, 1930 e 1937, 1938, 1939.
Campeonato Paulista: 1914, 1916, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999.
Torneio Início: 1919, 1920, 1921, 1936, 1938, 1941, 1944.
Taça Cidade de São Paulo: 1942, 1947, 1948, 1952.
Taça São Paulo: 1962

TÍTULOS NACIONAIS
Torneio Rio-São Paulo: 1950, 1953, 1954, 1966
Campeonato Brasileiro: 1990, 1998 e 1999
Copa do Brasil: 1995
Taça São Paulo de Juniores: 1969, 1970, 1995 e 1999
Torneio Centenário Brasileiro: 1922
Torneio Charles Müller: 1958
Taça Inauguração de Brasília: 1960
Supercopa do Brasil: 1991
Copa Bandeirantes: 1994
Taça do Povo: 1970
Taça Governador do Estado: 1978
Taça Cidade de Porto Alegre: 1983

TÍTULOS INTERNACIONAIS
Mundial de Clubes: 2000
Troféu Ramón de Carranza (ESP): 1996
Pequena Taça do Mundo: 1953
Torneio de Torino: 1966, 1969
Torneio Costa do Sol: 1969
Torneio Internacional de Nova York: 1969
Copa Internacional da Feira de Hidalgo: 1981


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HINO


Salve o Corinthians,
O campeão dos campeões.
Eternamente
Dentro dos nossos corações.

Salve o Corinthians,
De tradições e glórias mil.
Tu és o orgulho
Dos esportistas do Brasil

Teu passado é uma bandeira,
Teu presente, uma lição.
Figuras entre os primeiros
Do nosso esporte bretão.

Corinthians grande,
Sempre altaneiro.
És do Brasil
O clube mais brasileiro.



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